Embora longo, vale a pena a leitura o texto
Por Jordan Campos
Esta semana um dos assuntos mais comentados foi o suicídio por enforcamento do ator Robbin Williams, vítima de alcoolismo, drogas e depressão. Mas isso está longe de ser um fato isolado – estamos falando de uma epidemia mundial. Uma tecla “eject” está sendo apertada com frequência cada vez maior. Seja no suicídio direto ou indireto (drogas, álcool, violência, criminalidade). E não só no rótulo da depressão, mas no rótulo do bipolar, esquizofrênico, hipomaníaco, TOC…
Mas o que é isso tudo? O que é a depressão? Escolhemos tê-la? É uma frescurinha da moda? Não, não é – o que chamam de “depressão” (pois discordo do rótulo e vou explicar abaixo) é um transtorno grave, que a cega psiquiatria tenta apenas controlar – jamais curar – eles próprios dizem que não tem cura. Na verdade enfileiram na nossa goela abaixo uma série de nomes e rótulos e te dão a sentença de fiéis da “igreja da farmácia sagrada” e levam sua alma junto. Poucos sãos os médicos da saúde mental que olham um “depressivo” além de uma pessoa que tem apenas distúrbios de neurotransmissores. Raros mesmos… Escreverei abaixo como terapeuta, pesquisador, conferencista e simplesmente o Jordan da minha casa e família. Vou tentar explicar um pouco disso tudo, e quem sabe seja útil para que você entenda as raízes deste dito “mal do século”.
Tristeza não é depressão. Estar deprimido depois de um término amoroso não é depressão. Depressão é quando perdemos uma parte de nós por algo que não conseguimos resolver ou suportar e se instala uma solidão profunda de nós mesmos, uma dissociação de nossa alma – e um vazio, ou várias coisas que não são nossas tomam conta deste espaço que deveria nos conter. Dificilmente uma pessoa que nunca teve algo assim entenderá quem tem. Vi casamentos ruírem por falta de entendimento, vi suicídios, tragédias… Vejo conselhos do tipo: “Ah, levanta cedo, toma um banho de mar, bebe uma água de coco e essa sua deprê passa” – Mas não se entende que quem está ejetado de si mesmo não consegue entender e fazer isso. E mais – que remédios não vão curar. Apenas podem ser funcionais em dar um tempo útil para que a pessoa corra atrás de se “trazer de volta”. E isso muitas vezes ela não vai conseguir isso sozinha. Vamos aprofundar:
Borderline, Ansiedade, Pânico, Fobia, Depressão, Bipolar, Esquizofrenia, Transtorno alimentar… E então o que você escolhe no novo Menu da moda? Sim, sim… Pois aquilo que os exames de sangue não conseguem mostrar, ou as tomografias que já fez, visualizar – só pode ser uma daquelas síndromes acima não é? Sabe o que eu acho disso tudo? Estou de saco cheio disso – Muito remédio gasto e uma indústria trilionária se aproveitando da ignorância sobre este fenômeno, quando na verdade somos vítimas da tecnologia moderna, da globalização, da solidão, do toque e do cheiro real de gente. Onde nossa mesa de almoço serve apenas de móvel ilustrativo, pois o microondas tudo resolve e afasta – vilão do lar. Onde nos comunicamos dentro de casa por mensagem de texto. Chegamos para trabalhar com a cara fechada e sem olhar para os lados, e ao abrir o mundo virtual escolhemos um “emoticon” bem lindo para dizer que estamos “lindamente bem”. Vamos ao cinema e pulamos três cadeiras de onde alguém está sentado. Evitamos o que nos curaria e enchemos nossa rotina do que nos aprisiona e vampiriza. Criamos personagens para manter a nossa dor, o nosso buraco de nós mesmos. Quanto mais tecnologia, quanto mais evolução de aparelhos – mais síndromes aparecem, mais coisas mórbidas psíquicas avassalam nossa mente e mais, muito mais a indústria farmacêutica lucra com tudo isso em cima do controle de sua dor. Inventam nomes e rótulos para fazer você entender o que não tem explicação. Te convencem da idiotice que isso é uma síndrome complexa, sem cura e consultam um manual internacional de doenças (um brinquedinho de marcar) para dar seu novo sobrenome e identidade.
– Oi, tudo bem eu sou a Ana Bipolar e você?
– Oi Ana, eu sou o João Borderline.
– Ahhh, João, irmão de Pedrinho Bulimia?
– Não, não… Irmão da Paula Pânico.
E isso agora, esta triste realidade, fruto consequente do consumismo desenfreado, da globalização não educativa, tombam nossa alma como patrimônio inalienável das farmácias. Farmácias incompetentes para curar algo. Entre e pergunte se lá tem remédio par CURAR sua enxaqueca, seu mau humor, sua insônia, sua melancolia, sua ansiedade… Nada – nela só tem para controlar, e você ter que voltar de novo para comprar e comprar. O Ser Humano está doente, e na sua maior crise doentia. Não falo dos sintomas, nossos maiores amigos. Falo do conteúdo disto, da consciência presa no calabouço das sombras. Das nossas sombras de pecado, certo e errado. Bipolares eternos buscando um polo que seja neste mundo cego e hipócrita.
Nunca tivemos uma indústria de lazer e consumo tão grandes e diversificadas…
Mas o homem nunca esteve tão triste e só, sujeito a tantas doenças psíquicas que geram outras e outras. O homem de hoje está preso no cárcere da emoção e principalmente no seu Mundo inconsciente que determina o seu hoje. Nunca enriquecemos tanto as farmácias e as livrarias com suas ‘drogas’ e obras de auto-ajuda vazias. E por que nada parece melhorar com tudo isso? Simplesmente porque de nada adianta dar paliativos para uma dor aguda se a causa é crônica e escondida nas entrelinhas de nossa grande ignorância da verdade. De uma manobra cruel de falta de informação e inversão de identidade, Sra. Laura Depressão!!! O consciente só assimila o que entende. Aí te ferram. Estamos semeando em asfalto quente, medicamentos tóxicos e palavras ao vento. Os atuais tratamentos não abordam o Ser no seu total, não conseguem identificar cada caso isolado e a impressão digital de cada processo. Vivemos no diagnóstico de mil doenças sem cura. Somatizamos a partir deste descontrole e medo inúmeras doenças reais que primeiro se formam na mente para depois assolar o nosso corpo. Eu não vou dar ousadia de descrever o perfil Borderline e a diferença para o Bipolar ou Depressivo. Não vou dizer aqui quando é TOC ou quando é Esquizofrenia. Pois se eu fizer isso vou sustentar que estes rótulos existem e contribuir para que quem lê este texto coloque isso cravado no seu interior e assumir não ter cura.
Sabe o que é isso tudo de verdade? Vou explicar com uma ilustração mental. Imagine que existe um quarto fechado que contém um tipo de fungo. Digamos que este fungo é um tipo de energia. Coloquemos então 100 pessoas de perfis bem diferentes dentro deste quarto e as deixemos em contato com este “fungo”. Voltemos uma semana depois e contabilizemos:
– 20 pessoas com alergia cutânea e vários pruridos.
– 20 pessoas com rinite agudizada e sintomas de asma
– 20 pessoas com transtornos alimentares, náuseas, etc…
– 20 pessoas com aumento de pressão arterial e desmaios
– 10 pessoas com os dois primeiros itens misturados
– 08 pessoas com os quatro primeiros itens misturados
– 02 pessoas em coma.
Ou seja – o mesmo fator “fungo” causando tipos diferentes de sintomas e rótulos, a depender de fatores pessoais de cada qual. Com as síndromes psíquicas acontece o mesmo. Toc, Bordeline, Pânico, Depressão, têm a mesma e igual raiz, mas a depender da estrutura de formação de personalidade de cada qual, desenvolve-se de forma diferente. Pessoas que vivem em maior saudosismo do passado, presas no tempo ou que têm pais assim tendem ao rótulo da depressão, TOC… Pessoas que ficam presas no futuro, que se projetam ou têm pais assim tendem ao rótulo do pânico, fobia, ansiedade generalizada, bulimia. O mínimo percentual realmente tem algo no seu sistema nervoso que justifique uma esquizofrenia ou bipolaridade reais, o resto é mera ilusão do que não se sabe.
E qual o “fungo” que causa todos estes transtornos, quem é o chefão deste jogo??? A resposta é simples e talvez por isso tão pouco entendida, pois queremos uma resposta complexa, que conquistemos depois de escalar o Himalaia de quatro e encontrar um grande mestre virgem vestido de lilás que só come capim santo a nos revelar. Deixamos o óbvio do 1 + 1. O chefão disso tudo, o “fungo” dos distúrbios psíquicos são os conflitos não assimilados. As experiências não resolvidas que estão lá gritando para sair de você. E você a ignorar. Pode ter acontecido na sua infância, na sua adolescência, ou até seja algo de seus pais, ou de dentro da barriga da sua mãe que você está carregando – a batata quente que lhe arde sem você saber.
E o que dispara isso tudo? A resposta é: excesso de estímulo nos cinco sentidos. Seja pelos efeitos da globalização, internet, pílulas emagrecedoras, termogênicos, stress crônico e hipervigilância. Imagine seu computador com várias janelas abertas. Word aberto, Excel, editor de fotos, internet com umas cinco abas ao mesmo tempo… A área de trabalho cheia de atalhos, fotos, coisas… E quando você vai digitar um texto simples no word, as letrinhas vão chegando pouco a pouco (depressão), ou vão saindo diferentes do que você digita (alucinação, pânico), ou quem sabe saem meio deformadas e hora vão certas, hora travam (borderline)… Mas não há nenhum problema com o word. Aí você o fecha. Fecha também todos os programas abertos. Fecha as páginas da net. Limpa a área de trabalho, reinicia o PC e tudo volta ao normal com o Word. Ele precisou de rivotril e fluoxetina? Não. Só foi preciso que você prestasse atenção nos conflitos simultâneos e não resolvidos existentes ali. No fundo a “depressão” é um chamado de evolução, mas não tivemos a educação necessária para entender isso.
Por isso insisto em dizer que tudo isto que se chama de “distúrbios e doenças psíquicas” são praticamente a mesma coisa. Frutos de uma coisa só, tomando proporções de acordo com as crenças e estruturas de cada um. Não é mais fácil matar o chefão do que ir enfrentando seus monstrinhos que não param de se multiplicar? E está virando moda encontrar um rótulo destes para justificar a nossa apatia em reformar nossa vida, deixar o passado quieto e sem culpas, e viver o presente, para sem grandes expectativas fazermos nosso futuro aqui e agora. É cômodo ter uma doença destas, e muitas vezes ficar curado necessita revolução, ousadia. E muitas vezes não queremos isso, pode crer. Mas desculpem, repito: este é um texto de desabafo, com mínimas pretensões. Obrigado se chegou até aqui.
Descrição: Foto: Depressivo, Suicida, Bipolar, etc? Onde você se encaixa? (Por Jordan Campos)
Esta semana um dos assuntos mais comentados foi o suicídio por enforcamento do ator Robbin Williams, vítima de alcoolismo, drogas e depressão. Mas isso está longe de ser um fato isolado – estamos falando de uma epidemia mundial. Uma tecla “eject” está sendo apertada com frequência cada vez maior. Seja no suicídio direto ou indireto (drogas, álcool, violência, criminalidade). E não só no rótulo da depressão, mas no rótulo do bipolar, esquizofrênico, hipomaníaco, TOC…
Mas o que é isso tudo? O que é a depressão? Escolhemos tê-la? É uma frescurinha da moda? Não, não é – o que chamam de “depressão” (pois discordo do rótulo e vou explicar abaixo) é um transtorno grave, que a cega psiquiatria tenta apenas controlar – jamais curar – eles próprios dizem que não tem cura. Na verdade enfileiram na nossa goela abaixo uma série de nomes e rótulos e te dão a sentença de fiéis da “igreja da farmácia sagrada” e levam sua alma junto. Poucos sãos os médicos da saúde mental que olham um “depressivo” além de uma pessoa que tem apenas distúrbios de neurotransmissores. Raros mesmos… Escreverei abaixo como terapeuta, pesquisador, conferencista e simplesmente o Jordan da minha casa e família. Vou tentar explicar um pouco disso tudo, e quem sabe seja útil para que você entenda as raízes deste dito “mal do século”.
Tristeza não é depressão. Estar deprimido depois de um término amoroso não é depressão. Depressão é quando perdemos uma parte de nós por algo que não conseguimos resolver ou suportar e se instala uma solidão profunda de nós mesmos, uma dissociação de nossa alma – e um vazio, ou várias coisas que não são nossas tomam conta deste espaço que deveria nos conter. Dificilmente uma pessoa que nunca teve algo assim entenderá quem tem. Vi casamentos ruírem por falta de entendimento, vi suicídios, tragédias… Vejo conselhos do tipo: “Ah, levanta cedo, toma um banho de mar, bebe uma água de coco e essa sua deprê passa” – Mas não se entende que quem está ejetado de si mesmo não consegue entender e fazer isso. E mais – que remédios não vão curar. Apenas podem ser funcionais em dar um tempo útil para que a pessoa corra atrás de se “trazer de volta”. E isso muitas vezes ela não vai conseguir isso sozinha. Vamos aprofundar:
Borderline, Ansiedade, Pânico, Fobia, Depressão, Bipolar, Esquizofrenia, Transtorno alimentar… E então o que você escolhe no novo Menu da moda? Sim, sim… Pois aquilo que os exames de sangue não conseguem mostrar, ou as tomografias que já fez, visualizar – só pode ser uma daquelas síndromes acima não é? Sabe o que eu acho disso tudo? Estou de saco cheio disso – Muito remédio gasto e uma indústria trilionária se aproveitando da ignorância sobre este fenômeno, quando na verdade somos vítimas da tecnologia moderna, da globalização, da solidão, do toque e do cheiro real de gente. Onde nossa mesa de almoço serve apenas de móvel ilustrativo, pois o microondas tudo resolve e afasta – vilão do lar. Onde nos comunicamos dentro de casa por mensagem de texto. Chegamos para trabalhar com a cara fechada e sem olhar para os lados, e ao abrir o mundo virtual escolhemos um “emoticon” bem lindo para dizer que estamos “lindamente bem”. Vamos ao cinema e pulamos três cadeiras de onde alguém está sentado. Evitamos o que nos curaria e enchemos nossa rotina do que nos aprisiona e vampiriza. Criamos personagens para manter a nossa dor, o nosso buraco de nós mesmos. Quanto mais tecnologia, quanto mais evolução de aparelhos – mais síndromes aparecem, mais coisas mórbidas psíquicas avassalam nossa mente e mais, muito mais a indústria farmacêutica lucra com tudo isso em cima do controle de sua dor. Inventam nomes e rótulos para fazer você entender o que não tem explicação. Te convencem da idiotice que isso é uma síndrome complexa, sem cura e consultam um manual internacional de doenças (um brinquedinho de marcar) para dar seu novo sobrenome e identidade.
– Oi, tudo bem eu sou a Ana Bipolar e você?
– Oi Ana, eu sou o João Borderline.
– Ahhh, João, irmão de Pedrinho Bulimia?
– Não, não… Irmão da Paula Pânico.
E isso agora, esta triste realidade, fruto consequente do consumismo desenfreado, da globalização não educativa, tombam nossa alma como patrimônio inalienável das farmácias. Farmácias incompetentes para curar algo. Entre e pergunte se lá tem remédio par CURAR sua enxaqueca, seu mau humor, sua insônia, sua melancolia, sua ansiedade… Nada – nela só tem para controlar, e você ter que voltar de novo para comprar e comprar. O Ser Humano está doente, e na sua maior crise doentia. Não falo dos sintomas, nossos maiores amigos. Falo do conteúdo disto, da consciência presa no calabouço das sombras. Das nossas sombras de pecado, certo e errado. Bipolares eternos buscando um polo que seja neste mundo cego e hipócrita.
Nunca tivemos uma indústria de lazer e consumo tão grandes e diversificadas…
Mas o homem nunca esteve tão triste e só, sujeito a tantas doenças psíquicas que geram outras e outras. O homem de hoje está preso no cárcere da emoção e principalmente no seu Mundo inconsciente que determina o seu hoje. Nunca enriquecemos tanto as farmácias e as livrarias com suas ‘drogas’ e obras de auto-ajuda vazias. E por que nada parece melhorar com tudo isso? Simplesmente porque de nada adianta dar paliativos para uma dor aguda se a causa é crônica e escondida nas entrelinhas de nossa grande ignorância da verdade. De uma manobra cruel de falta de informação e inversão de identidade, Sra. Laura Depressão!!! O consciente só assimila o que entende. Aí te ferram. Estamos semeando em asfalto quente, medicamentos tóxicos e palavras ao vento. Os atuais tratamentos não abordam o Ser no seu total, não conseguem identificar cada caso isolado e a impressão digital de cada processo. Vivemos no diagnóstico de mil doenças sem cura. Somatizamos a partir deste descontrole e medo inúmeras doenças reais que primeiro se formam na mente para depois assolar o nosso corpo. Eu não vou dar ousadia de descrever o perfil Borderline e a diferença para o Bipolar ou Depressivo. Não vou dizer aqui quando é TOC ou quando é Esquizofrenia. Pois se eu fizer isso vou sustentar que estes rótulos existem e contribuir para que quem lê este texto coloque isso cravado no seu interior e assumir não ter cura.
Sabe o que é isso tudo de verdade? Vou explicar com uma ilustração mental. Imagine que existe um quarto fechado que contém um tipo de fungo. Digamos que este fungo é um tipo de energia. Coloquemos então 100 pessoas de perfis bem diferentes dentro deste quarto e as deixemos em contato com este “fungo”. Voltemos uma semana depois e contabilizemos:
– 20 pessoas com alergia cutânea e vários pruridos.
– 20 pessoas com rinite agudizada e sintomas de asma
– 20 pessoas com transtornos alimentares, náuseas, etc…
– 20 pessoas com aumento de pressão arterial e desmaios
– 10 pessoas com os dois primeiros itens misturados
– 08 pessoas com os quatro primeiros itens misturados
– 02 pessoas em coma.
Ou seja – o mesmo fator “fungo” causando tipos diferentes de sintomas e rótulos, a depender de fatores pessoais de cada qual. Com as síndromes psíquicas acontece o mesmo. Toc, Bordeline, Pânico, Depressão, têm a mesma e igual raiz, mas a depender da estrutura de formação de personalidade de cada qual, desenvolve-se de forma diferente. Pessoas que vivem em maior saudosismo do passado, presas no tempo ou que têm pais assim tendem ao rótulo da depressão, TOC… Pessoas que ficam presas no futuro, que se projetam ou têm pais assim tendem ao rótulo do pânico, fobia, ansiedade generalizada, bulimia. O mínimo percentual realmente tem algo no seu sistema nervoso que justifique uma esquizofrenia ou bipolaridade reais, o resto é mera ilusão do que não se sabe.
E qual o “fungo” que causa todos estes transtornos, quem é o chefão deste jogo??? A resposta é simples e talvez por isso tão pouco entendida, pois queremos uma resposta complexa, que conquistemos depois de escalar o Himalaia de quatro e encontrar um grande mestre virgem vestido de lilás que só come capim santo a nos revelar. Deixamos o óbvio do 1 + 1. O chefão disso tudo, o “fungo” dos distúrbios psíquicos são os conflitos não assimilados. As experiências não resolvidas que estão lá gritando para sair de você. E você a ignorar. Pode ter acontecido na sua infância, na sua adolescência, ou até seja algo de seus pais, ou de dentro da barriga da sua mãe que você está carregando – a batata quente que lhe arde sem você saber.
E o que dispara isso tudo? A resposta é: excesso de estímulo nos cinco sentidos. Seja pelos efeitos da globalização, internet, pílulas emagrecedoras, termogênicos, stress crônico e hipervigilância. Imagine seu computador com várias janelas abertas. Word aberto, Excel, editor de fotos, internet com umas cinco abas ao mesmo tempo… A área de trabalho cheia de atalhos, fotos, coisas… E quando você vai digitar um texto simples no word, as letrinhas vão chegando pouco a pouco (depressão), ou vão saindo diferentes do que você digita (alucinação, pânico), ou quem sabe saem meio deformadas e hora vão certas, hora travam (borderline)… Mas não há nenhum problema com o word. Aí você o fecha. Fecha também todos os programas abertos. Fecha as páginas da net. Limpa a área de trabalho, reinicia o PC e tudo volta ao normal com o Word. Ele precisou de rivotril e fluoxetina? Não. Só foi preciso que você prestasse atenção nos conflitos simultâneos e não resolvidos existentes ali. No fundo a “depressão” é um chamado de evolução, mas não tivemos a educação necessária para entender isso.
Por isso insisto em dizer que tudo isto que se chama de “distúrbios e doenças psíquicas” são praticamente a mesma coisa. Frutos de uma coisa só, tomando proporções de acordo com as crenças e estruturas de cada um. Não é mais fácil matar o chefão do que ir enfrentando seus monstrinhos que não param de se multiplicar? E está virando moda encontrar um rótulo destes para justificar a nossa apatia em reformar nossa vida, deixar o passado quieto e sem culpas, e viver o presente, para sem grandes expectativas fazermos nosso futuro aqui e agora. É cômodo ter uma doença destas, e muitas vezes ficar curado necessita revolução, ousadia. E muitas vezes não queremos isso, pode crer. Mas desculpem, repito: este é um texto de desabafo, com mínimas pretensões. Obrigado se chegou até aqui.
Excelente texto que, rapidamente, me reportou a uma rápida e recente entrevista do Augusto Cury!
Parabéns, Jordan Campos.